Maio, 1927.
Monte Alto, Taquaritinga, Itápolis, Marília, Paraguaçu Paulista, Conceição do Monte Alegre, Porto Casanova. Finalmente, entravam no Paraná.
Após três longos e cansativos dias, a viagem estava no fim. Bastava atravessar um último rio, o Limoeiro, para chegar à fazenda.
De repente o motor do caminhão, novinho em folha, falhou, engasgou e morreu.
Na ânsia de chegar, Zé Corrêa esquecera de colocar gasolina. Joaquim Maria e os outros peões pegaram um dos galões e começaram a entornar o combustível no tanque.

A noite estava muito escura. Prestativo, um dos peões acendeu um palito de fósforo e o aproximou da boca do reservatório: o precioso líquido não poderia ser desperdiçado.
Do palito para a gasolina, o fogo não demorou a passar. Se alastrou rapidamente, tanque adentro.
A explosão, ensurdecedora, não demorou a se ouvir.
Ninguém morreu, ninguém se feriu seriamente, mas tudo queimou.
Tudo o que a comitiva trouxera fora consumido pelas labaredas.
Restou a roupa do corpo.
E a vontade de recomeçar.