_ “Anita, bota a gordura no fogo que eu vou buscar o peixe!”
Assim falando, José e João, com varas de pesca e iscas, enveredaram para os lados do Tibagi.
Os amigos, conversando, subiram o rio pela margem, em busca do lugar ideal para jogarem os anzóis.
O dia estava muito quente e logo a caminhada e o calor deram sede. Os amigos pararam para beber um pouco d’água do rio, muito limpo, naqueles tempos sem poluição.
Saciada a sede, olharam em volta. Não. Aquele ainda não era o lugar ideal. E continuaram na sua caminhada.
Após a primeira curva, um cheiro desagradável chamou-lhes a atenção. Olharam em volta e viram, enroscado na galhagem, um corpo putrefato, inchado e carcomido pelos peixes.
José olhou para João. João olhou para José. E começaram a vomitar. Haviam bebido água de morto!
Naquele dia não teve peixe para o almoço!
